sexta-feira, 27 de setembro de 2024

Parabéns a você

Aqui onde estou são seis e quarenta e sete da manhã. Já acordei, já me estiquei, já chorei, já bebi água, que nunca bebo que chegue, apesar de todos pensarem o contrário porque ando com uma garrafa de quase 2 litros de atrelado para onde quer que vá.

Seis e quarenta e nove, ouço o relógio no seu compasso certeiro, sem parar, sempre sem parar. Na penumbra de uma sala ampla e húmida, respiro, lembro-me deste cemitério de palavras, e regresso a esta campa, depois de muitos anos sem cá pisar. O que procuro, não sei. Sei, mas tenho vergonha de admitir. Limpo as folhas, a terra, os lixos, o passar do tempo... trouxe umas flores, encho o jarrinho de água depois de lhe tirar o pó, e coloco-as aqui.

Seis e cinquenta e três, devia estar a preparar-me para o dia, que vai ser grande e consumidor, que vai exigir muito de mim, tal como todos os outros dias desta semana exigiram. Devia despachar-me, vou arrepender-me destes minutos quando estiver em stress no trânsito, a tentar chegar a horas. Estou constantemente atrasada, evito o "sempre" para não pensar tão mal de mim, para não me consumir com a dissonância cognitiva que é não me orgulhar disto e, ao mesmo tempo, fazer pouco para mudar.

Seis e cinquenta e oito, e ainda não disse o que vim cá dizer, o embaraço toma conta dos dedos e ando aqui à roda, a tentar imitar o Cesário Verde, continuando a tentar imprimir poesia a um dia mundano, que assumo nublado, mas espero estar errada, porque daqui não consigo ver o sol.

Sete e um, agora sim, é hora de partir. Como parti do meu país há 11 anos atrás, neste mesmo dia, com duas malas grandes. Uma cheia de roupa, outra cheia de livros, e um urso de peluche, cor-de-rosa. Parabéns a você, nesta data querida, muitas felicidades... quantos mais anos de vida? Muitos.

Sete e três, 11 anos são muitos anos. E estes em particular, os anos em que deixei de ser menina e passei a ser mulher. Mas há 11 anos atrás já achava que era uma grande mulher... Era uma bebé, com umas ganas de provar a mim própria que não ia ser vencida pelo medo, e que ia voltar quatro meses depois, com umas poupançazitas para pagar o Seminário.

Sete e seis, rio-me. Os meus amigos aqui dizem que não tenho lá muita piada, apesar de ser divertida. Só me posso rir, das expectativas, dos sonhos, do que fui, do que achei, e do que me tornei, porque isto só visto, contado ninguém acredita. Deus fez coisas inescrutáveis, e eu tento não me esquecer de nenhuma, para não cair na ingratidão, especialmente neste dia. Cada minuto é cheio da Sua misericórdia, e eu só me posso sentar aqui a rir por causa da expressão infinita do Seu amor.

Sete e doze, já me estou a esticar. Tenho de ir. Parabéns por mais um ano, tenha tudo de bom, o que a vida contém, tenha muita saúde, e amigos também. Lá isso tenho, lá isso ninguém me pode tirar.

segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

The Dreamer


Today I'm filled with scattered thoughts about Martin Luther King Jr. The man who dreamed and died dreaming, the man who would be in awe of at what his influence accomplished, the man who was so intensely on fire with the mission God gave him, that his words burn still.

The Dreamer.

I remember vividly all those moments where my heritage, my cultural background, became increasingly evident to me. Growing up and being (innocently) teased by cousins because I have "white people hair". My dad disclosing the true reason why I couldn't go to that friend's birthday party, "her parents don't like black people". As a teenager, hanging out with my uncles and aunts, and seeing them ponder "should we show her this...?" Then, calling my parents to ask permission to watch "American History X" with me. The powerful debrief after the movie, a quiet and long conversation into the night. My brain exploding. Listening to my parents' account of their first years in Portugal, of those times when other kids would see them passing by and decide to trow stones at them, while calling them names. Sharing a table and a home with God's people, brothers and sisters from so many different cultures and upbringings. Being embraced by them, witnessing how our differences are so beautiful when they bow down to worship our Lord and Saviour. All the movies, "Django Unchained", "12 Years a Slave", "The Butler", "Hidden Figures", "Selma", "The Help"... that slit my heart, wrenched my guts, brought me to my knees. All the lectures, books, papers, articles, but specially Carson's "Autobiography of Martin Luther King, Jr". The class discussions with professors and colleagues, as well as the quiet self-reflections, that awakened and shaped me. All the good laughs, and deep conversations with open hearts, about what it means to be black today. All the music, so much music!... at times soothing, but also rocking this unavoidable tension. Not to mention the News, the social media, the current and atrocious accounts of injustice and slavery.

Yes, the thoughts are that messy and hard to extricate. Those occasions, scholar and artistic works, as well as today's events, help me to better understand where I came from, what happened to my ancestors, and how all of that ultimately molds me.

I don't know why I was born in this time. I don't know why I was born in a country with the freedom and privileges I experienced. I don't know why I was able to immigrate to the most multicultural city in the World. I don't know why I don't experience persecution because of my skin colour (unlike many of my family members). I don't know why I was born in a loving and supportive family. I don't know why I was given the privilege of having so many astounding friends, brothers and sisters. I don't know why my support system is comprised of people from several cultural backgrounds, but specially Caucasian. I don't know why I received the gift of sharing this journey with them. I don't know why God showers me with so many blessings...

I don't take my existence for granted. I know it was bought with a price. First, the price of Jesus' blood. Then, the price of the ones that chose abandoned obedience. I wonder if I could live the life I have now, if Martin Luther King Jr. thought about self-care and boundaries as much as I do. I wonder if I could enjoy the amazing gifts and friendships that I have, if his comrades, his wife, and himself hadn't sacrifice their comfort, their time, their tears, reputation... their everything, for the dream.

Martin Luther King Jr.'s work isn't finished yet. Evil still grows rampant, people still hurt each other, racism is still alive. What will I do? Will I give my life to the task Jesus prepared for me, like Dr. King did? Will I give myself to the pursuit of comfort and stability, satisfying my ego? Dr. King's academic work about Gandhi and the use of non-violence to change systemic injustice resulted in a national revolution because he dared to pray: "Lord, how does this knowledge inform my heart, my narrative, my conduct?" Will I do the same with what I have been given, or will I settle for the grades?

"I saw the Dreamer raise his hand for me
...
Into a world of possibilities 
Into a sky of light and love 
Into a day of tomorrow"

sábado, 22 de julho de 2017

15 anos de vida real

Há quinze anos atrás, algures no início do Verão, a minha tia A. conseguiu convencer-me, finalmente, a ir ao Acampamento Baptista. Eu não queria nada passar uma semana longe de casa, sem os meus pais e irmãos, onde não conhecia ninguém... Ela já me tinha feito o mesmo convite muitas vezes; e eu dizia sempre que não. Só que desta vez eu andava sedenta à procura de respostas. Acreditem ou não, foi por volta dos 10 anos que percebi que ia morrer, e os meus queridos também. O pavor de viver na total escuridão, onde o coração não bate e os sentidos não funcionam tomou conta das minhas noites durante quase dois anos. Lembro-me bem de pensar muitas vezes "de que importa tudo isto? Ser uma boa menina, crescer, aprender... no final, vai ser tudo um vácuo infinito. Mais vale acelerar até à recta final e findar o assunto". Eu tinha uma vida incrível, mas não via nenhum sentido nela.

Na terceira semana de Julho de 2002 rumei ao Acampamento de Juniores, e foi aí que o Senhor me explicou o porquê das coisas. Com poder, Ele operou através dos Seus servos e servas fiéis e salvou a minha alma. Foi com 12 anos que nasci de novo, e a minha vida encheu-se de esperança. O que antes não tinha nexo passou a fazer todo o sentido, porque no final eu não serei engolida pela escuridão. Ouvi a bela verdade de que, por causa do sacrifício de Cristo, posso passar a eternidade na luminosa presença do Deus do Universo. Recebi a doce promessa da Sua constante presença no meu coração, e a minha vida mudou radicalmente.

Não, não têm sido 15 anos isentos de sofrimento. Mas têm sido os melhores anos da minha vida. Viver com Deus é uma aventura mirabolante, incrível, maravilhosa, sobremodo grande para caber em meras palavras. Agradeço ao meu Senhor por me ter salvo naquela noite estrelada e quente, e me ter dado um propósito para viver. Agradeço-Lhe pela Sua incessante fidelidade, a doçura do Seu toque, a segurança do Seu amor, a imensidão do Seu poder transformador, que redime e santifica o meu ser a cada dia. Agradeço-Lhe pela Sua igreja, e por todos aqueles que Ele me tem dado ao longo desta caminhada rumo ao Céu. Não sei quantos dias ainda tenho deste lado do céu. Mas desejo, pela Sua graça, que a minha vida reflicta o refrão que cantávamos naquela semana de Juniores em 2002:
Exploradores da Amazónia, em expedição com o grande Deus
Desistir não vamos, esta missão não pode parar
Exploradores da Amazónia, fazemos tudo para ajudar outros a descobrir
As maravilhas do grande Deus
O meu maior desejo é saber no meu âmago aquilo que as Escrituras declaram: que Deus é o Rei Fiel, que a Sua Palavra é verdadeira e certa, e que o Seu amor jamais acaba.

Tudo o que eu quero é estar  
No centro da Tua vontade 
Pois sem Ti eu nada sou 
Sem Tua graça e Teu favor

Renova tudo hoje em mim 
Meu ser anseia mais de Ti 
Do Teu amor, do Teu perdão 
Do Teu poder e provisão 
Meu ser adora quem o criou 

Eu quero mais é viver do Teu favor 
Eu quero mais da Tua unção, Senhor 
Quero sentir Tua presença em mim 
Eu quero mais 
Eu quero mais 
Eu quero mais 
Eu quero mais de Ti.

quinta-feira, 9 de março de 2017

Rosita, Aline e Susana

A versão do disco:

A versão do Tivoli:

Quando ouço esta música sou transportada para a casa dos meus avós Anita e Paulino, num daqueles domingos de casa cheia, todo o dia (almoço e jantar). Imagino o meu tio Zeca a escolher algo com este embalo para ambientar o fim de tarde, e a minha tia Isa a queixar-se que os mais novos "já nem sabem dar passadas".

Quando ouço esta música viajo para a mesa dos meus avós Francisca e Fernando, ele a contar histórias infinitas sobre Angola, ela a dizer-lhe que se despachasse a acabar a sopa, que "já está fria e eu não quero aquecer isso outra vez!" Todos os que estavam à volta daquela mesa minúscula na cozinha apertada bebiam dos seus contos mirabolantes, e eu pensava com os meus botões que devia sentar-me com ele um dia inteiro e gravar toda a sua narrativa de vida. Arrependo-me muito de nunca ter concretizado este desejo.

A Aline escreveu esta crónica sobre "Susana" e a sua autora. Também quero aprender a falar kimbundo, nem que seja só para entender este poema. Faço das palavras da Aline as minhas: "“Susana Filipa ny Madyca, Donana ny Antonika”, das melodias mais lindas que esta terra ouviu".

quinta-feira, 2 de março de 2017

Sobral canta Bola de Nieve em tom Veloso


Dei com ele e com o seu disco por causa da sua estranha e cativante aparição no Festival da Canção.
Gosto muito deste Excuse me, está muito bonito.
Do que consegui averiguar acerca desta canção, eis o original, e a doce rendição de Caetano.

domingo, 19 de fevereiro de 2017

Só para Português ler



O alvo para 2017 é breve e simples: um dia de cada vez, confiar e obedecer. Um dia de cada vez, confiar no que a Palavra de Deus diz acerca Dele e dos Seus propósitos. Um dia de cada vez, obedecer às Suas ordenanças.

O ano novo começou há cinquenta dias. Cinquenta dias de altos e baixos, de lutas e muito, muito cansaço. É curioso observar que quanto mais quero fazer deste alvo uma realidade tangível, mais obstáculos se levantam.

Nos dias em que essa luta se torna mais atroz, sou incapaz de falar línguas que não as do meu coração. Não me peçam para falar em Inglês, se não for com candura, "com salmos e hinos espirituais". Não me peçam para explicar mal-entendidos, resolver conflitos, ou encarar relacionamentos difíceis. Quem diria! Eis que eu, Andreia, a rainha da confrontação, recolho-me na minha conchinha e espero que a tempestade passe, para navegar em águas mais tranquilas.

Quando o sono não abunda há cinquenta dias e a exaustão toma conta de mim, só me sei exprimir na minha pátria - em canções e desabafos como este. Se alguém me quiser alcançar terá de viajar até ao outro lado do Atlântico e assemelhar-se a algo desse lado, de lá.

***

Hoje na igreja cantámos:
As the deer panteth for the water  
So my soul longeth after Thee 
You alone are my heart's desire 
And I long to worship Thee   

You alone are my strength, my shield 
To you alone may my spirit yield 
You alone are my heart's desire 
And I long to worship Thee
Na minha língua (na versão que eu conheço):
Como um cervo anela a água
A minha alma brama só por Ti
És Tu só por quem meu ser brama
E quero adorar-Te 
Em Ti só tenho força ó Deus
Pois em Ti só posso repousar
És Tu só por quem meu ser brama
E quero adorar-Te 
É o refrão mais adequado para um dia como este, para os quarenta e nove que o precederam, e para os restantes que Deus decidiu conceder no porvir.

E agora, vou tentar dormir.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

It's that time of the year

Cheguei a casa e dei de caras com ela: a encomenda prometida. A minha prima-irmã já me tinha dito que me ia mandar uma caixinha cheia de delícias para eu matar saudades.


Eu já sabia que ela estava a caminho, até já sabia de parte do seu conteúdo. O que eu não sabia era o tamanho do tumulto que ela ia desencadear. Chorei. Muito. Sem parar. Como choro por tudo e por nada, imagino que esta descrição não seja grande surpresa, nem tenha muito impacto. Era preciso estar comigo naquela cozinha para se perceber convenientemente o tamanho da comoção. Agora que os trabalhos já estão entregues, as noites de pouco sono pertencem ao passado (por enquanto), e os exames são findos, vem à superfície o que se tenta enterrar desde 2013.

Sim, essa famigerada palavra unicamente portuguesa.

Os aniversários e o Natal são sempre as alturas mais difíceis para se estar longe. Quanto mais o tempo passa, mais recursos se vão reunindo para gerir a dificuldade da tarefa. Quanto mais o tempo passa, mais a verdade eterna se torna clara e óbvia: se não me focar única e exclusivamente em Jesus Cristo, de nada vale. Paradoxalmente, quanto mais o tempo passa, mais as saudades se aprofundam e adensam. Acabam por rebentar num pranto cansado quando menos se espera, só por se ver a letra de quem amamos num postal doce e amoroso.

(Suspiro)

Fui presenteada (entre outras coisas) com o último disco da Aline. Para já, esta é a favorita.


Não conhecendo a paisagem a que a autora se refere, penso nos jacarandás de Entrecampos. Sempre que ouço músicas sobre estas árvores, sou transportada para a caminhada habitual que fazia em dias quentes de Primavera, da estação de comboios ao ISCTE.

É, chegámos àquela altura do ano.

Deus nos ajude.

sábado, 10 de dezembro de 2016

Mais uma voltinha, mais uma rodada


John W. Graham Library


Are you tired of being one of the few that still has school work to do?
Are you bored because you spend your days always at the same place?
Say no more! Study at a different library every day.
Experience the marvels of knowing different kinds of warmth, lovey-dovey whispers and school facilites in a very short period of time.
Explore the city, enjoy the cold, snow weather and share your favourite spots to study!
This is THE perfect tourist experience for that last week of papers and exams.
Make this your motto: Another day, another library.




quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

Fidelidade




Gerstein Reading Room - UofT
Tenho aprendido que a fidelidade tem muitas facetas, muitas manifestações.
Às vezes, fidelidade é render-se e descansar por mais umas horas.
Outras vezes, ser fiel é acordar cedo e rumar à biblioteca.
Às vezes, fidelidade é orar e ler a Bíblia.
Outras vezes, ser fiel é ler artigo atrás de artigo atrás de artigo, com um só sussurro: "Socorre-me!"
Às vezes, fidelidade é ir dar uma grande corrida, ou levantar pesos num ginásio.
Outras vezes, fidelidade é permanecer sentada por muitas horas, mesmo com dores nas costas, e tentar escrever um parágrafo que seja.
Tenho aprendido que ser fiel é cumprir o que Deus orquestrou para mim, naquele preciso momento.

Senhor, o que é que determinaste para mim hoje?
Sou tão... mandriona, e dura de ouvido.
Dá-me um coração sensível ao Teu Espírito,
E membros imediatamente obedientes.

Senhor, o que é que me reservaste no dia de hoje?
Ajuda-me a saber, e a fazer.
Quero ser fiel a Ti.
Ajuda-me nisto, por favor.

Em nome de Jesus,
Amém.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

I'm writing a research paper on Postpartum Depression

Here's my unedited Introduction and working thesis.

Birth rates are currently at such and such. Wonder why this is happening, I hypothesize that they are decreasing (confirm) because of sin, selfishness and overall difficulty of being a mom. Mom pressure is ridiculous right now, the standard is dysfunctionally high and no one can keep up. But that has been the overall life of every woman anyway, always having to juggle so many things and still be awesome in all of them. Therefore, Postpartum depression affects such and such and is important to know, treat and address. The connection between mom and baby is a huge predictor of emotional health in adult life, resilience in the face of hardships, and overall mental health. It is of utmost importance to help and empower moms in this stage because in the future that will affect the whole world. Moms are the first and foremost influence in anyone’s life, they need support mechanisms set in place to help them when they’re struggling. Also, moms have connections with dads (marriage, living together, one-night stands… wonder how dad impacts/ is impacted by postpartum depression). So, helping a mom to cope is to help a woman, their child and the whole world. Strong moms raise healthy babies. Healthy babies become purposeful people. Purposeful people change the world. We need purposeful people more than ever, because this world is declining more and more each day. In the end, God is God. So even if a mom is struggling to raise her baby, this topic is important to study so that we can know how to best respond, working on God’s behalf as His vessels in reverting moms’ difficult situations.

Yes, this is how this head of mine starts papers.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

Paz, noite e dia

Ontem foi o segundo domingo do Advento e, como manda a tradição, acendemos a vela da Paz. O Príncipe da Paz vem a caminho, e espera-mo-Lo com expectativa. Ao mesmo tempo, a ansiedade provocada pelos afazeres galopa incessantemente e compete pela morada do meu coração. É uma batalha constante, uma guerra agreste que se carrega no peito, mascarada com demasiada facilidade...

Sempre que é difícil pensar com clareza e andar serena, esta música faz-me descer à terra, respirar fundo, reconhecer que Deus está aqui. Ele é Senhor, não eu. Esta versão, sem palavras, é particularmente bonita, e ajuda-me a meditar neste presente infinitamente imerecido.


Emanuel.

O Deus dos Céus e Terra despojou-Se de tudo o que Lhe pertence e tabernaculou entre nós, só por amor, só para nos remir, só para nos restaurar.

Príncipe da Paz, cessa esta guerra travada contra a ansiedade.
Resgata-me da minha insanidade e faz-me meditar nas Tuas promessas, verdadeiras e fiéis.

"Deixo-vos a minha paz, a minha paz vos dou. Não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize" (João 14:27).

Quero esta Paz, Senhor, não só quando penso na noite em que nasceste, mas sempre.