segunda-feira, 24 de maio de 2010

dois zero zero sete / dois zero zero oito

De repente, uma saudade funda, uma falta do que outrora fomos. São estados de espírito que as canções antigas despertam sem cessar. As feridas abertas quase impediam de lembrar tantas e tantas coisas deliciosas que já passaram por nós.

Mas agora ouvem-se as letras que traduzem a alma e lembro-me, subitamente, que perdermo-nos assim foi tremendo, turbulento e terrível.

Três drásticos tês, que soam a irreversível.

(pode ser que seja só por agora)

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Habilidade literária: procura-se

Hoje gostava de conseguir escrever por parábolas. Nunca fui muito boa com parábolas, mas hoje precisava mesmo de me transformar e sê-lo, só por instantes.

É que há coisas que não podem ser ditas a nu.

É isto, portanto. Hoje gostava de conseguir escrever por parábolas.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Esta madrugada escrevi assim (8)

Vou intrometendo o meu corpo numa terra que, outrora sendo nossa, quero fazer minha, e minha só. Faço-me acompanhar por um temor inicial, de me cruzar com o teu rosto e assim ver desmantelado todo o meu plano. Mas Deus é por mim, sempre foi, sempre será. E por isso calcorreio livremente todos "os espaços vazios que se me apresentam", deixando que temores dúbios se dissipem com o ar frio que nessa terra impera.

Não nos acercamos, não temos as respectivas coordenadas geográficas.
O que os olhos não vêem, o coração não sente.

(?)