quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Fora de ordem (3)

Rebeca Pascoal e Ana Nunes, acho que chegámos a um compromisso equilibrado (e extraordinário) entre a vossa amada pop e o meu amado jazz.

Já ouviram esta pessoa?




Cousin Caroline, MIL OBRIGADAS! ♥ ♥ 

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Não se dão beijinhos aos anjos

Ele chegou de cara fechada, feições geométricas e pouco abertas ao riso fácil. Ele falou com a autoridade de quem conhece bem as realidades espirituais, e orou de uma forma, para mim, nova; com tal profundidade e força que quase se sentiram estremecimentos nos limites físicos daquela sala. As palavras que ele deixou trouxeram descanso à minha alma, uma paz sobrenatural, literalmente. É que, nos dias anteriores àqueles, tinha experimentado o medo, verdadeiramente, pela primeira vez. A insegurança palpável, a respiração dificultada por batimentos cardíacos descompassados, aflitos (!). Uma tremenda sensação de impotência e vulnerabilidade, a compreensão clara da possibilidade real de tudo correr mal, ser mau, produzir sequelas gravíssimas.

Tudo isto aconteceu na segurança do meu quarto, de Bíblia no colo. A minha inabalável confiança foi usurpada por um relato horripilante, tão comum neste tempo em que nos encontramos. E os dias e as noites passaram a ser assim, povoados por uma aflição dolorosa, por uma inquietação constante, fruto de uma consciência nova: não é, de todo, impossível que a vida me reserve surpresas nefastas. A tormenta vivida dentro do peito fez-me buscar mais, pedir mais, depender mais. E o culminar desta aprendizagem foi a visita desse anjo (que de angelical nada tem), um mensageiro com palavras de força, de acção, de fé, de capacitação. A sua visita resultou numa compreensão mais clara da base da minha segurança e confiança: deixei de estar firme numa vida vivida num balão cor-de-rosa, e a certeza da protecção passou a ancorar-se na consciência de estar num mundo tenebroso e negro e nunca (NUNCA!) me ter sucedido nada de mal. 

- Pastor W., muito obrigada por ter vindo!
disse, efusiva nos meus agradecimentos. Mas eu não sabia que os anjos não são dados a beijinhos, e recebi de volta um grunhido e uma tentativa de sorriso, dirigindo-se, posteriormente, à saída, numa passada larga e de um modo muito pouco celeste. Chegou, confortou, capacitou, orou, foi usado para transformar e saiu abruptamente, sem sequer saber o impacto que tinha deixado em mim, para sempre.

Deve ter voado para servir noutro lado...

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

"You're ablaze in beauty! Yes. Yes. Yes."

A leitura deste livro despertou-me para uma imensidão de aspectos da minha caminhada cristã nos quais ainda não tinha pensado, sendo um deles a existência e importância de inúmeras traduções do texto bíblico. Nunca tinha parado para pensar no porquê de existirem tantas traduções da Bíblia, as boas e as más, as eruditas e as fáceis, as comentadas e as simples... Quando Rick Warren menciona este facto, ele declara ser um bom princípio consultar várias traduções do mesmo texto, pois isso coloca-nos em contacto com um leque alargado de sinónimos, apura o nosso sentido crítico (proveniente da observação de perspectivas paralelas), motiva-nos para o estudo do texto original e, por último, resulta em expressões de louvor mais ricas, mais fundamentadas e mais profundas.

Há mais de um mês trás, no meu local de trabalho, a meditação neste texto conduziu-nos à tão afamada oração do Pai Nosso, mas desta vez numa tradução completamente diferente; e foi tão (tão!) delicioso ler e compreender com palavras novas (e olhos novos) a oração que a tantos acompanha (mesmo àqueles que não vêem o seu esplendor por completo...). Eis o texto de Mateus 6:7-13 em português...

"O mundo está cheio de pessoas que se julgam guerreiros de oração, mas que nem sabem o que é orar. Utilizam-se fórmulas, programas, conselhos e técnicas de vendas para conseguir o que querem de Deus. Não façam essa asneira. Vocês estão diante do Pai! E Ele sabe de que é que estão a precisar, melhor que vocês mesmos. Com um Deus assim, que vos ama tanto, vocês podem orar de maneira muito simples. Deste modo:

   Nosso Pai do céu,
   Revela-nos quem Tu és.
   Corrige este mundo.
   Faz o que é melhor - tanto aí em cima como aqui em baixo.
   Conserva-nos vivos com três boas refeições.
   Preserva-nos perdoados por Ti e perdoando os outros.
   Guarda-nos de nós mesmos e do Diabo.
   Tu estás no comando!
   Tu podes fazer tudo o que quiseres!
   A Tua beleza é fascinante!
      Amén. Amén. Amén."

... que toma contornos ainda mais impressionantes quando é lido em inglês:


"The world is full of so-called prayer warriors who are prayer-ignorant. They're full of formulas and programs and advice, peddling techniques for getting what you want from God. Don't fall for that nonsense. This is your Father you are dealing with, and He knows better than you what you need. With a God like this loving you, you can pray very simply. Like this: 


   Our Father in heaven, 

   Reveal who You are. 
   Set the world right; 
   Do what's best— as above, so below. 
   Keep us alive with three square meals. 
   Keep us forgiven with You and forgiving others. 
   Keep us safe from ourselves and the Devil. 
   You're in charge! 
   You can do anything You want! 
   You're ablaze in beauty! 
      Yes. Yes. Yes."






You're ablaze in beauty! A Tua beleza é um fogo ardente.
You're ablaze in beauty! A Tua beleza é uma luz brilhante e extasiante.
You're ablaze in beauty! O Teu intenso brilho reflectido torna belo quem a Ti se dobra.     
        Yes. Yes. Yes. Amén. Amén. Amén.

domingo, 20 de novembro de 2011

Fora de ordem (2)

Dia 01/06/11 escrevi assim:
Ainda fico abismada com a imensidão Dele, mesmo depois deste nove anos de convivência e conhecimento. Para mim, a Sua constância ainda é incrível, a Sua fidelidade, a Sua majestade. Ainda me surpreendo tremendamente com as coisas que Ele permite que me aconteçam. Depois ouço "tenho orado por ti", das bocas, dos olhos, dos gestos daqueles que me amam; e subitamente, um click facilitador: compreendo.
(já é tempo de deixar esta declaração publicada)

Dia 08/09/11, aqui, escrevi assim:

Isaías será Outono, Inverno e Primavera.

(é tão premente reiterar-me, por ser tão assustadoramente verdade)