Sempre gostei de cartas. Do sabor que lhes imprimo quando as redijo e do paladar que elas transportam quando as recebo, da magia que as envolve, pelo romantismo que lhes está adjacente, pelo nervoso miudinho que atencede a chegada das mesmas e pela paciência desenvolvida na espera que existe entre enviar e receber uma. Sempre gostei de cartas. Da letra que é cuidadosamente desenhada, da rasura aqui e ali porque o corrector não faz falta entre escritos de amigos, do cheiro do papel que é sempre diferente, da tonalidade da tinta da caneta (que às vezes também falha) e do envelope que confere segurança ao transporte. Sim, sempre gostei de cartas. E quando a distância é quase tão grande como a saudade, quando alberga mais do que aquilo que é suportável, escrevo-as. Maioritariamente para quem me conhece como a palma da mão, ocasionalmente de mim para mim, e ultimamente para leitores que imagino que existam. Escrevo e alivío quase automaticamente.
Por alguma coisa sempre gostei de cartas.
P.S. A fotografia é de antigamente, tirei-a o ano passado. Antigamente escreviam-se cartas com penas.
2 comentários:
ahahah somos DUAS na troca das cartas! LOL
Isto é realmente muito lamexas.
E eu estou longe... mas não vejo cartas tuas na minha caixa do correio. =P
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eu gosto de cartas! gosto tanto..
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