terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Do dia, A retrospectiva

Neste momento a casa está embebida num completo silêncio. Os irmãos estão deitados e os pais, ausentes; fisicamente, claro está. Revejo aquilo a que chamo “hoje”, como já é hábito; no culminar de cada dia a minha mente resolve correr o programa “Retrospectiva / Exame de Consciência”. Este corre sem grandes sobressaltos, relatando os erros e sugerindo correcções para os mesmos, tudo num relatório deveras minucioso mas extremamente subjectivo. Existem sempre tantas coisas que requerem ponderação, tantos pontos de vista, tantas chamadas de atenção.

Hoje o dia foi menos bom, mas não deixou de trazer as lições necessárias e suficientes à sua condição. Por causa do dia de hoje, amo a minha mãe mais um bocadinho (se é que tal é possível), valorizo mais os momentos de comunhão com o Rei dos reis, acordo para o facto de respirar menos vezes do que preciso (e assusto-me com as consequências que isso pode trazer!), sinto (ainda mais) a saudade que os amigos deixam, verifico que nada sei acerca de perdoar e constato que preciso de aprender a fazê-lo mais vezes (rapidamente), admito que existe validade nas atitudes que conduzem às acções exteriores a mim… e (pela primeira vez) vejo mais do que as aparências permitem mostrar.

Afinal, hoje o dia não foi assim tão “menos bom” quanto isso.
(A reflexão dá nestas coisas)


Um beijinho*


P.S. A porta que fotografei é a deste teatro. (A publicidade é viciante!)

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