segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Meu querido Portugal (4)


Não sei qual a versão que gosto mais, se a original, se esta gravada com o Carlos do Carmo.


Deste lado do oceano há imensos factores que contribuem para que isto não se veja tanto. O clima, o individualismo, e a atenção redobrada para com as gerações mais antigas reduzem significativamente esse fenómeno. Aqui os velhos estão em lares, ou em condomínios onde recebem ajuda personalizada, ao mesmo tempo que mantém a sua independência. Ou então, deambulam pelos centros comerciais, sozinhos.

Aqui não se vêem muitos velhos no jardim.

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Meu querido Portugal (3)

Two of my many (many) cousins are some of the most creative people I know. In my opinion, they owe it to their mother, who stirred in them a passion for the arts. She was constantly stimulating their artistic expressions with fun crafts and interesting field-trips. In my opinion, she's an inspiration as an educator, at least when it comes to the particular aspect of raising children with refined sensibility.

My cousin A. C. is a power bomb. She sings, dances, and designs clothes. She has been perfecting her craftsmanship in her graphic diaries as far as I can remember, and keeps cultivating that rare sensibility for the beauty that lies all around us.

Her brother, M., is a prodigy. He inherited from his father the ease of imagining fantastic stories that most brains wouldn't be able to devise. He's been a cinephile from a very a young age, and had the habit of journaling about his cinematographic ideas. I can always trust him to point me on the right direction when it comes to quality entertainment.

I profoundly love these cousins of mine, two people bursting with things to say to the world and enrich it, for God's glory. But their creativity and wit has been slowly swallowed by their circumstances, which leave them very little space to freely practice and pursue their true passions (our country's economical adversity is a big part of that.)

Like my two cousins, there are many others out there in the same situation, feeling trapped by life's demands and unable to exercise their gifts - o, how this saddens my heart. I truly hope that they have the possibility to bear much fruit. The way I see it, if God blessed them with such gifts it's because the world needs it. How the world needs good artists producing godly beauty. How the world needs godly thinkers engaging with the cultural expressions that surrounds us. O, how the world needs more of these two cousins of mine, doing what they were born to do.

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Em casa dos C.

(primeira conversa de segunda-feira, depois de um domingo de igreja, churrascada e muitos amigos em casa)

A - Good morning, how are you?
J - I am... tired. But I am well.
A - Yesterday was a long day for you!...
J - Yesterday is gone, I don't think about it anymore.
A - ...
J - Today is a new day, and that's all I think about.


domingo, 9 de agosto de 2015

Meu querido Portugal (2)

Como é que um português longe de casa passa sem uma varinha mágica, sem azeite, sem fado? É simples, não passa. Até sobrevive, mas não é a mesma coisa. Estes são apenas exemplos de coisas simples e aparentemente insignificantes, mas profundamente arraigadas no código genético cultural. Assumo que todas as casas têm o que a minha casa tem, e choca-me que haja quem passe bem sem esses detalhes. Um português não passa sem a sua sopa, sem os conselhos da sua mãe, sem uma guitarra a chorar docemente ao seu ouvido.

("Um português", "uma portuguesa", "eu": são tudo sinónimos.)

quinta-feira, 6 de agosto de 2015

E por falar em bom e bonito

Por causa disto:


Descobri isto:


(Não sei como é que vou passar sete horas na biblioteca com tanto bamboleio no corpo...)

Blood

O segundo álbum da Lianne La Havas já chegou, e que delícia de álbum! Estava à espera dele com expectativas elevadas, e não desiludiu.



A Lianne continua a aprimorar a sua poesia e as melodias com que nos embala. Que bom que, nesta geração, há gente madura a fazer bem o seu trabalho. Expressões artísticas de boa qualidade são sempre um motivo de dar graças a Deus!


Do meu querido Portugal, continuo a impaciente espera pelos discos novos do Samuel Úria, dos Salto e dos D'alva (entre outros). Eu bem sei que tudo o que é bom e bonito custa muito, tempo, esforço e coração. Mas é mesmo por isso que, findada a espera, se recebe uma muito mais saborosa recompensa.

terça-feira, 4 de agosto de 2015

Meu querido Portugal (1)


Aqui fica o link oficial.

Dou graças a Deus pela graça comum, e por poder aprender com estas pessoas.
Ao mesmo tempo, peço perdão ao Criador pela minha desobediência passiva ao mandato cultural que Ele me deu, enquanto filha e enquanto igreja.

Tenho muito que andar.