domingo, 9 de agosto de 2015

Meu querido Portugal (2)

Como é que um português longe de casa passa sem uma varinha mágica, sem azeite, sem fado? É simples, não passa. Até sobrevive, mas não é a mesma coisa. Estes são apenas exemplos de coisas simples e aparentemente insignificantes, mas profundamente arraigadas no código genético cultural. Assumo que todas as casas têm o que a minha casa tem, e choca-me que haja quem passe bem sem esses detalhes. Um português não passa sem a sua sopa, sem os conselhos da sua mãe, sem uma guitarra a chorar docemente ao seu ouvido.

("Um português", "uma portuguesa", "eu": são tudo sinónimos.)

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