"Ensina-me a amar / na tua carrinha eu quero viajar / nesta tarde ensina-me a amar."
Bruno Morgado - Ensina-me a amar
(cover de Samuel Úria)
Foi no dia 17 de Março que os amigosJónatas e Sónia celebraram o seu casamento (e foi deveras lindo, como aqui muito bem se conta). É bem sabido, lacrimejei por diversas vezes. Mas creio que o momento mais sublime (depois da entrada da noiva), foi a participação dos manos Luzia, que cantaram a canção que acima se apresenta. Tenho-a trazido comigo desde então, e "eu não me canso de [a] repetir". (♥ ♥ ♥)
Um dia bom também pode ser um dia em que muitas coisas correm mal. As coisas que correm mal são capazes de mascarar muito bem um dia bom. São frases quase iguais para dizer a mesma coisa... Os dias que parecem maus mas afinal são bons têm muitas coisas para nos ensinar. Sim, os vídeos não funcionaram como e quando deviam, mas ao menos havia quatro computadores para ajudar a colmatar a falha. Pois, as palavras foram parcas para fazer jus ao investimento que se fez no trabalho, mas ao menos havia amigos por perto, para serenar, exortar e crescer. Claro, as preocupações ainda me consomem em demasia, mas ao menos há núcleos familiares que nos facultam oportunidades novas, bonitas, saborosas e mimosas.
É, o dia hoje foi bom (escrevo assim quando penso com sotaque brasileiro). Foi cheio de coisas tremendamente desesperantes, "coisas espirituais". Portanto, um dia bom.
Não são poucas as vezes em que os amigos mudam a nossa vida. Através desta canção, a querida S. mudou a minha. Apresentou-me estesdoissenhores e eu nunca mais fui a mesma. Apesar de já ter sido há muitos anos, não me esqueço: dos dias, das circunstâncias e das lições; não só acerca dos reis da conveniência e das sonoridades bonitas, mas também acerca do carinho, da empatia grande e do Caminho que vale a pena partilhar.
"Respira. Mais uma vez. Pode até demorar mas a resposta está na palma da tua mão. Não vale a pena perder a cabeça, cada uma tem sua sentença. E, ao fim ao cabo, todos somos iguais."
"I see You there hanging on a tree / You bled and then You died and then You rose again for me. / Now you are sitting on Your heavenly throne; / soon we will be coming home. / You’re beautiful."
Há tempo para aprender, tempo para chorar, tempo para sofrer, tempo para esperar.
Tempo para o total regozijo (da parte que ainda é possível experimentar).
Uma vez, na escola onde estou a estudar, um grupo de estudantes colou à canção acima apresentada, num português com sotaque de terras de Vera Cruz, o seguinte coro:
"Estou seguindo a Jesus Cristo
Deste caminho eu não desisto
Estou seguindo a Jesus Cristo
Atrás não volto, não volto mais.
Se me deixarem os pais e amigos
Se me cercarem muitos perigos
Se me deixarem os pais e amigos
Atrás não volto, não volto mais.
Atrás o mundo, Jesus à frente
Senhor, meu guia omnipotente
Atrás o mundo, Jesus à frente
Atrás não volto, não volto mais.
Depois da luta ganho a coroa
A recompensa é certa e boa
Depois da luta ganho a coroa
Atrás não volto, não volto mais."
E nesta festa, só canto; não tenho mais palavras, tenho de pedir emprestadas a outros que já me traduziram antes. Nesta festa só sei declarar, cantando, que não voltarei atrás; não pela minha força, não pela minha certeza, não pela minha capacidade. Mas porque Jesus fez tudo por nós. Por mim.
Tenho muitas canções a ecoar em mim. Dizem, sobretudo, "obrigada".