sexta-feira, 31 de julho de 2009

Pássaro

Abro a janela e desato num voo. Pairo, doce, sempre.
Sabe tanto a saboroso abrir as asas pelo infinito azul.
Deixo-me a planar, arrisco subir a pino e descer a pique, flutuando entre as vertigens que a prudência não me deu.

Leve, plano, sempre.

Consigo ver todos aqueles que povoam a terra que em baixo de mim vive. Ocasionalmente, há quem sinta a minha sombra rebolar sobre si, brincalhona, e me acene um cumprimento dedicado.

O meu voo prossegue, sem fim. Não descanso porque não me canso.
Viajo onde quero ir sem receios de prosseguir; sei bem que as forças não me faltarão nunca (Ele providencia).

Mantenho-me batendo asas, céu adentro, ou afora (sei lá do avesso do interminável!...)
Estou voando, para eternamente.



Ao som de:

(recomendação da Cátia)

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