segunda-feira, 8 de março de 2010

É assim que se faz. (2)

Em Marrocos o trabalho ia de vento em popa: os missionários que eram enviados criavam igrejas clandestinas, fixavam-se no país, prosperavam; aproximavam-se genuinamente das gentes daquela terra, falavam da sua fé e os marroquinos, um a um, criam. Apesar de a Polícia nunca descansar no seu dever de fazer cumprir a lei, havia mais e mais comunidades cristãs mesmo debaixo das suas barbas. Entre ontem e hoje vim a saber que prenderam, interrogaram e deportaram líderes que impulsionaram este movimento naquele país. Perante tais notícias procurei saber como estavam aqueles que conheci no Verão, que tão grande bênção foram na minha existência. Esperava encontrar algum desalento, alguma tristeza nas palavras… (sou tão mas tão pobre de espírito…)

O H. disse que havia alguns problemas, que o governo queria fazer “uma limpeza”, mas que não me perturbasse, que “o Deus já estava no Marrocos”. O H. disse que agora nada havia a fazer; por muito que os poderosos quisessem, “o Deus vai mandar mais!!!”

É assim que eu aprendo. Eu, julgando que ando a lidar com a tribulação, choro lágrimas infinitas. Eles, a serem perseguidos e expulsos do seu país, afirmam em plenos pulmões quem é Aquele que manda mais.

É exactamente assim que eu aprendo.

2 comentários:

Anónimo disse...

E ainda te chamas de pobre de espírito. Tu ainda consegues aprender quando confrontada com situações destas - pegar nisso e transformá-lo em algo positivo. Alguns de nós nem isso conseguem.

PS: também estou de saída, queria vir só dar os meus two-cents, que já tinha lido este post há uns dias mas que não deu pra comentar na altura. :3

Rebeca Pascoal disse...

que se passa com a janela? está fechada há muito tempo!