A guitarra sussurra-me um fado novo e apetitoso. Acompanha a voz que suspira num tom cúmplice “eu não sei falar de amor” *. Os ouvidos, acariciados pela melodia, engraçam com a frase e esticam-se para melhor absorver a restante letra. Entretanto, já o coração viajou para perto de ti; já começa o organismo a dividir-se em funções múltiplas, as mãos que querem traduzir tudo, os ouvidos que querem beber a letra da música bonita e o coração que quer pular até ao teu encontro.
O rebuliço, portanto.
“Às vezes até parece injusto”, escreveste (acerca das saudades que a distância encomendou), em jeito de remate (porque a conversa acelerava a chegada dessa encomenda incómoda). Concordei plenamente mas não me atrevi a dizê-lo. Mudámos de assunto subtilmente, como já é hábito quando se torna insuportável permanecer batendo na mesma tecla.
Far-se-á justiça no reencontro (ainda que ele não tenha data marcada)
E, contra factos, não há argumentos.
* “Ó vizinho, então adeus!
Vou cuidar de sonhos meus...
que eu não sei falar de amor…”
P.S. A fotografia, tirei-a nos Jardins do Palácio de Cristal , em Massarelos.
O rebuliço, portanto.
“Às vezes até parece injusto”, escreveste (acerca das saudades que a distância encomendou), em jeito de remate (porque a conversa acelerava a chegada dessa encomenda incómoda). Concordei plenamente mas não me atrevi a dizê-lo. Mudámos de assunto subtilmente, como já é hábito quando se torna insuportável permanecer batendo na mesma tecla.
Far-se-á justiça no reencontro (ainda que ele não tenha data marcada)
E, contra factos, não há argumentos.
* “Ó vizinho, então adeus!
Vou cuidar de sonhos meus...
que eu não sei falar de amor…”
P.S. A fotografia, tirei-a nos Jardins do Palácio de Cristal , em Massarelos.
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