sábado, 18 de outubro de 2008

"Espera."

É a palavra de ordem. Toda a minha existência tem girado em torno dela, incessantemente. Em todas as etapas desta vida breve, na totalidade das áreas da mesma, é a esse comando que tenho sido chamada a obedecer. Sempre.

Sim, a maioria das vezes só sei ser inconvenientemente desobediente. É a condição humanamente ignorante que domina as horas, com a sua impaciência característica, com a tremenda ilusão de que consegue exercer algum controlo sobre uma pequena réstia de alma.

Mas a ordem é clara, explícita, relevante. Quando impera o cansaço que a ansiedade dá ao corpo, quando o espírito já não pode mais consumir-se de nervoso, obedeço. Recolho o ego para um lugar em que se anule, respiro, e acato. Dissolvem-se as alergias à paciência em breves lágrimas e instaura-se o que os poros do ser mais anseiam: paz.

“Deixo-vos a minha paz.
E a paz que eu dou não é como aquela que o mundo dá.
Por isso, não se aflijam nem tenham receio.”

João 14:27, in O Livro

2 comentários:

Anónimo disse...

que gozo imenso que me deram as tuas palavras, querida. aquilo não é nada mais do que um monte de palavras. nada mais, mesmo. aqui neste lado é que se faz uma vénia à originalidade e ao bom português.
que saudades, das noites no corredor.
um beijinho S2 *

Anónimo disse...

tu que és uma paz de alma e muito obediente... se anseias por paz então imagina o meu sofrimento nessa área!

Beijinho académico estudantil