terça-feira, 30 de junho de 2009

Da boda, e do amor (vá...)

A humanidade tem construído várias convenções para o amor, particularmente aquele que une um casal. Dependendo dos tempos e das vontades, lá se vai caracterizando e definindo o dito cujo como mais apraz à maioria dos constituintes da sociedade. Neste tempo em que vivemos, o amor quer-se jovem e fogoso, quer-se prático e satisfatório. Quer-se louco, mas fiel, sacrificial, mas só para o outro lado. Nesta era há até quem desacredite tal sentimento, sustentando a sua inexistência, argumentando que a essência egoísta de toda a gente é incompatível com um sentir tão sublime.

Eu abstenho-me de clichés; sendo uma romântica eterna e incurável, piamente crente de que existe alguém para outro alguém (sem justificação plausível), saboreio para dentro e sorrio para fora, quando me cruzo com exemplos que comprovam esta minha ingénua predisposição. E sabe bem ver os olhos que brilham sem vergonha, os beijos que se entregam sem rodeios, as alianças que se trocam sem pudores, aos quarenta e vários anos de idade. Contra todas as convenções, contra toda a ostentação que transportámos para o século XXI, contra as expectativas da tacanhez, ser-se genuinamente feliz. E também fazer genuinamente feliz.

O amor conjugal é isso, não? Independentemente do que se escreva, se diga ou se pense. No final das contas, o saldo só é positivo quando o sentir é genuíno. E ontem, posso afirmar, mais docemente genuíno era impossível.

3 comentários:

..carlix.. disse...

Quem casou?! LOL

Gonçalo Andrez disse...

fico feliz por ver que continuas a ser uma rapariga com uma maturidade de escrita bem acima do que uma adolescente (apesar destes textos, é o que ainda és) tem, em casos normais.
nunca deixes de escrever, que se o fizeres o mundo fica irremediavelmente mais pobre
*

KK disse...

Dos melhores posts que já li. *