segunda-feira, 11 de abril de 2011

Resposta: sim.

Há um ideal romântico associado às bicicletas: uma roda grande atrás, uma roda menor à frente, um cesto florido, um apoio para outras cargas, vento na cara, pisos planos, sorrir e cumprimentar a quem connosco se cruza na rua, entre outras coisas que tais. Ninguém menciona as mazelas nas pernas, fruto dos pedais que com elas chocam ou algum arame mais afiado, ninguém refere o esforço duplicado por cada rua mais inclinada, mesmo que ligeiramente, ninguém se lembra do suor, da vermelhidão no rosto, dos carros amedrontadores e velozes, dos passeios irregulares e apertados, dos parcos acessos para quem anda sobre rodas.



Não é assim tão simples ser ciclista na cidade, nem tão idílico como eu pensava. Agora sei que, enquanto desejava ardentemente uma bicicleta, não sabia o que pedia. Ainda assim, tive, e de graça (não são assim todas as bênçãos?). Utilizá-la como meio de transporte não é um trabalho ligeiro, como é passear pelo Parque das Nações; mas traz um sabor novo e bom, uma nova consciência, uma gratidão renovada.

Já posso pedalar todos os dias. Pastor Virgílio, muito obrigada!

2 comentários:

bitas disse...

tu tens uma bicicleta! :D
eu queria tanto uma... tanto tanto! e era mesmo destas: http://fotos.sapo.pt/K5aImU94Sg0KeAaJBASQ/


aproveita o bom tempo ;)

Rute Carla disse...

tb eu! e com cestinho à frente e tudo!