segunda-feira, 20 de abril de 2009

Era uma vez dois chavões


Um dia destes resolvo soltar estas amarras que constantemente me imponho e parto, pura e simplesmente. Deixo para trás as ínfimas questões que faço brotar do chão e chamo de problemas, ignoro as dores que tenho à minha responsabilidade, largo as convenções e necessidades e vou, e voo.

Um dia destes, quando os impossíveis imateriais se transformarem em verdades concretizáveis, quando os astros se ordenarem e o tempo for o certo, perco o pé no areal e levito ao sabor do vento por entre marés inconcebíveis, deixo-me levar. Chegará o dia em que a sanidade fica em casa e o bom senso imperará apenas em questões extremistas, mortíferas.

É, num destes dias largo-me nas garras da sede de conhecer mais, de descobrir o lado inóspito e o lado aprazível das aventuras, sem cautelas nem providências, sem questões. Primeiro estou e depois já não. Ponho-me a caminho de uma terra nova e prometida, que se instalou dentro de mim e se quer materializar no mundo de fora. Sem olhar para trás, sem me esfumar em sal, sem recear.

Qualquer dia desses…”





P.S. Tirei a fotografia hoje, na relva apetecível que está ao lado da cantina.

1 comentário:

M disse...

QUAL DIA? (já não acredito no "tempo certo" - há sempre alguma coisa de errado nele até encontrares o que queres que esteja certo - até o inventares).