domingo, 17 de outubro de 2010

Do viver numa bola de sabão

Um dia poderei viajar como me aprouver, de comboio, de auto-caravana, de avião, de autocarro, de jacto privado, de carro ou de bicicleta, e ir sempre ter ao lugar onde quero realmente estar. Um dia poderei dar-me ao luxo de não sentir saudades das paisagens, dos amores, dos ventos, dos cheiros e das poeiras, simplesmente porque assim que o coração começar a contorcer-se de incómodo eu poderei, num piscar de olhos, acabar com tais apertos. Um dia serei capaz de aparecer de surpresa perto de quem quero, esteja onde estiver, e abraçar longamente, sem vontade de largar. Um dia vou voar como o coração ordena, e viver nómada, e sorrir ao sentir-me a chegar muitas vezes. Para não dar conta que os meus amores vivem todos dispersos por esta bendita Terra, e para chegar é necessário, primeiramente, partir.



Knock, knock!

Who’s there?

Reality, just cheking in!

1 comentário:

Rebeca Pascoal disse...

ai que lindo! quem me dera que assim fosse!